sábado, 30 de abril de 2011

Um pouco de Chaplin...


"A vida me ensinou...

A dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim, para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir; aprender com meus erros. Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordado;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas", embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher."

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Desejo

"Desejo primeiro, que você ame, e que amando, também seja amado. E que se não for, seja breve em esquecer e esquecendo não guarde magoa. Desejo pois, que não seja assim, mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos, que mesmo maus e inconseqüentes, sejam corajosos e fiéis, e que em pelo menos num deles você possa confiar sem duvidar, E porque a vida é assim, desejo ainda que você tenha inimigos; Nem muitos, nem poucos, mas na medida exata para que, algumas vezes, você se interpele a respeito de suas próprias certezas. E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo, para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil, mas não insubstituível. E que nos maus momentos, quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante; não com os que erram pouco, porque isso é fácil, mas com os que erram muito e irremediavelmente, e que fazendo bom uso dessa tolerância, você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você sendo jovem não amadureça depressa demais, e que sendo maduro, não insista em rejuvenescer e que sendo velho não se dedique ao desespero. Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e é preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste; não o ano todo, mas apenas um dia. Mas que nesse dia descubra que o riso diário é bom; o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra, com o máximo de urgência, acima e a despeito de tudo, que existem oprimidos, injustificados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato, alimente um cuco e ouça o João-de-barro erguer triunfante o seu canto matinal; porque assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente, por mais minúscula que seja, e acompanhe o seu crescimento, para que você saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo outrossim, que você tenha dinheiro, porque é preciso ser prático. E que pelo menos uma vez por ano coloque um pouco dele na sua frente e diga "Isso é meu", só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum dos seus afetos morra, por ele e por você, mas que se morrer, você possa chorar sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo um homem, tenha uma boa mulher, e que sendo uma mulher, tenha um bom homem e que se amem hoje, amanhã e no dia seguinte, e quando estiverem exaustos e sorridentes, ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer, não tenho nada mais a te desejar".

Victor Hugo

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ainda é tempo!

"É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar
Na verdade não há".

Logo no início, devo alertar que hoje estou mais pensativa e melancólica do que o normal; sinceramente, não sei até que ponto isso é positivo ou negativo, mas só para ilustrar um pouco sobre o que estou falando, mais cedo li (não sei em que site) sobre a necessidade de falarmos o quanto amamos as pessoas; e para variar fiquei pensando sobre isso...
E, isso é a mais pura verdade, quantos de nós dizemos o quanto gostamos, admiramos e amamos as pessoas que, de fato, despertam tudo isso em nós? Sempre imaginamos que haverá tempo para dizermos o quanto elas são importantes, essenciais, especiais, únicas, queridas e amadas por nós, e, assim, vamos vivendo a vida, fazendo o que tem que ser feito, cumprindo obrigações, prazos, compromissos e adiando dizer tudo isso, seja por esquecimento, por timidez, por imaginar que não há necessidade ou por outros mil motivos... E, sem nos darmos conta, os dias nos escorrem pelos dedos e o tempo passa... e, dessa forma, o que nos resta é somente o arrependimento do que deveria ter sido dito, ter sido feito, ter sido vivido...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

"Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?"

Lembrei-me, há pouco, de uma brincadeira feita por um amigo, de que ele buscou em diversos bares, de norte a sul do país, um bar em que vendesse o tal juízo, que muitas pessoas recomendaram que ele tomasse, mas sem sucesso algum! No meu caso particular, eu acredito que não preciso mais de tal bebida milagrosa, acho até que errei na mão e um pouco menos seria o ideal!rs O que sinto falta nesse momento é confiança!
Às vezes, como Fernando Pessoa em "Poema em Linha Reta", sinto-me rodeada de semi-deuses! Conheço diversas pessoas que nunca erraram, que não têm medos, que são perfeitas em tudo o que fazem, que nunca se cansam, se entristecem e muito menos pensam em desistir ou parar tudo e buscar um novo começo! Ainda não cheguei ao ponto de querer desistir, a paixão, a vontade e os sonhos ainda persistem, ora menos pulsantes, ora mais fortes do que nunca!
Será que "gente como eu" é raro nesse mundo? Gente que se cansa, que sente dores pelo corpo, por causa do movimento repetitivo, que desanima, que se desespera, que busca (em vão, quase sempre) encontrar as fórmulas certas, e que, insistentemente, tenta, tenta e tenta...
Mas, apesar de estar com poucos nesse imenso mundo (mas, aqueles que realmente valem a pena! Afinal, "Narciso acha feio o que não é espelho"!), vou seguindo em frente com minhas dúvidas, erros, acertos e muitas tentativas, sejam elas fracassadas ou não! Caindo e levantando sempre!


Para quem não conhece, segue Poema em Linha Reta de Álvaro de Campos

"Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza".

terça-feira, 12 de abril de 2011

No meio do caminho tinha uma flor...

Sobre as pedras que encontro diariamente, é melhor guardá-las para construir coisas que, realmente, valem a pena!!! :P
PS: ver comentário




segunda-feira, 4 de abril de 2011

Dialética (Vinícius de Moraes)


"É claro que a vida é boaE a alegria, a única indizível emoçãoÉ claro que te acho lindaEm ti bendigo o amor das coisas simplesÉ claro que te amoE tenho tudo para ser felizMas acontece que sou triste"