quinta-feira, 24 de julho de 2014

O primeiro texto (de muitos que virão)

Durante alguns dias estive pensando se deveria postar, ou não, pelos próximos meses; se por um lado, escrever ajuda a externalizar (e portanto compreender) tudo o que passa dentro da gente, por outro, ler as angústias e os medos de quem está longe faz com que quem ficou se preocupe demasiadamente, afinal as palavras escritas nem sempre podem ser explicadas, e claras, como as palavras faladas, pelo menos não com a mesma velocidade... Apesar de estar ciente de todos os perigos, decidi começar a escrever, sobretudo para fazer um diário de minhas descobertas e estranhamentos, não somente com o mundo ao redor, mas comigo mesma, afinal, tenho descoberto muitas coisas (positivas e negativas) sobre mim; descobri, por exemplo, que posso ser (e tenho sido) mais forte do que eu poderia imaginar, e também mais emotiva do que me lembrava que era. Tenho lembrado a sensação de adormecer cansada depois de chorar de saudade, ficar monossilábica (e às vezes mentir) para não preocupar e olhar o novo como uma criança, além, é claro de fazer perguntas completamente idiotas, por puro desconhecimento, "como eu faço para colocar as roupas para lavar?", "como eu faço para poder pegar um ônibus?", "como é o nome daquele negócio que a gente coloca quando faz uma bolha no pé?", "como eu faço para pegar este livro na biblioteca?" o que é isso? Como faz aquilo? O que significa essa palavra? E essa expressão? E, confesso que não tenho qualquer problema em fazer este tipo de pergunta, seja lá quem for o interlocutor, afinal, cresci ouvindo que "perguntar não ofende"! Se eu não sei, tenho que perguntar, simples assim! Brinco que não estou sofrendo choques culturais, estou sofrendo verdadeiras descargas elétricas! Mas, isso fica para um segundo, ou um terceiro, quarto, quinto, texto...