Até pouco tempo, confesso, não sabia o que significava uma perda definitiva. Ainda hoje trago feridas que ainda não cicatrizaram por completo (elas sangram em determinadas situações: um gesto, uma música, um cheiro, um livro...), mas o tempo, aos poucos, se encarrega de transformar a dor da perda em saudade.
Numa interpretação muito particular, descobri que são necessárias atitudes menos egoístas: por amar demais as pessoas é preferível vê-las partir do que ficar sofrendo, mesmo quando elas foram responsáveis (ou pelo menos em grande parte responsáveis) pelo o que nos tornamos, ou ainda, quando foram exemplos próximos de tudo o que desejamos ser.
Nessas andanças, também aprendi que para sempre ficam os ensinamentos, as risadas, as lágrimas, as palavras, os abraços, as broncas, os gritos, os afagos, o incentivo, a proteção, a preocupação, a euforia, o exemplo e a torcida. E, fica também a saudade...