terça-feira, 25 de outubro de 2011

E, no meio do caminho tem muitas outras coisas além de pedras!!!

Fazemos muitas coisas durante o dia, desde as tarefas mais simples e rotineiras, até as mais sofisticadas, sem falar naquelas que aparecem de última hora e nos tiram o fôlego, o sono, o sossego, enfim! Em alguns momentos, temos a impressão que sobram horas no dia, em outros tantos, faltam dias nas horas... Mas, o que, muitas vezes, nos esquecemos são as pessoas que nos acompanham durante toda essa aventura que chamamos vida! Acabamos nos acostumando a negligenciar sentimentos e situações em prol de um futuro que nem sabemos se irá chegar, além de deixarmos de fazer o que nos deixa felizes hoje para, talvez, sermos em breve... Esse texto não é de forma alguma uma queixa, e, muito menos, um desabafo, ele é apenas uma reflexão de um outro texto que li mais cedo (em um jornal espanhol) que, entre outras coisas, abordava a pseudo-ignorância do ser humano em nunca entender os motivos das relações se findarem, dos amigos virem e irem, dos amores chegarem e partirem, e que tudo na vida (por mais difícil que seja aceitar) tem um fim. Enfim, no fim das contas o que, realmente, ficam são as sensações, os aprendizados, as coisas construídas, as experiências vividas, as lágrimas derramadas, os sorrisos estrondosos, as palavras ditas (ou negligenciadas), os silêncios gritantes, as chegadas, as partidas, a ausência, o encontro, o reencontro, a saudade que machuca, as fantasias, as realizações, as conquistas, as perdas, o que vimos, o que imaginamos, o que queríamos, o que sonhamos e o que lutamos para conquistar até o fim...

domingo, 16 de outubro de 2011

Declaração oriunda do além-ar (porque o mar e a terra já foram usados)

"Para Falzinha
... A primeira vez que eu não te vi
Eu não senti, apenas notei
Era dia, talvez a Fal(ta) da luz lunar
Tenha ofuscado meus olhos

E na segunda vez que não te vi
Não havia nomes
Havia flores
Mas eu não podia percebê-las
Ainda era muito cedo
E a borboleta ainda não havia cumprido
Seu papel

Continuava dia e cada dia que passava
Era sempre dia
E eu não te via

Na terceira vez que não te vi
Havia um sorriso
Havia flores e havia nomes
Já era tarde e finalmente começou
A anoitecer

O sol se pôe, a lua fica
É noite à claro, às claras, estrelas
Cedo, ou tarde, em cena
Sem dó, sem dor, a golpes de não-não-não
Finalmente meus olhos começaram a ver
O que não se vê sem sentir

Foi preciso anoitecer em mim
Para notar a tua luz
E agora, que já entendi
Posso dizer que te vi
Será que um dia você vai olhar pra mim?"

(Gutch)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Intolerância com os iniciantes

Eis que minha mãe acaba de encontrar o boletim de quando eu cursava a alfabetização (foto de menina assustada colada na frente e no meio notas altas e elogios impulsionadores - e esperançosos - da professora, ou melhor: da "tia")! Na verdade, isso caiu como uma luva, pois quando ela encontrou esta "relíquia" eu já pensava em escrever sobre a crueldade e a impaciência que muitas algumas pessoas tratam os iniciantes.
Ora, ninguém nasce sabendo absolutamente nada! No máximo, sugar para garantir a sobrevivência e o desenvolvimento do corpo... Aos poucos, somos ensinados a viver neste imenso mundo, que nos surpreende a cada momento com novas necessidades, de forma que só paramos de aprender algo no momento em que somos lançados à terra!
Mas, mesmo que isso soe natural e não cause qualquer estranhamento, a simples idéia de lidar com um aprendiz não agrada muita gente. Piadas e comentários maldosos, afim de gerar insegurança e nervosismo, parecem dar prazer àqueles que já se esqueceram que um dia estiveram do outro lado - também aprendendo - ou, àqueles que ainda não tiveram coragem de dar um passo rumo ao desconhecido, ultrapassando assim a tão famosa "zona de conforto".
Porém, a cada dia que passa, tento não dar ouvidos para os intolerantes e sigo meu caminho como se nada tivesse acontecido. Lógico, que em muitos casos me sinto perdida e decepcionada comigo mesma, mas ao me deparar com o boletim da alfabetização, me dei conta do longo caminho traçado desde as primeiras letras, e recordo-me quanto era difícil, e ao mesmo tempo, fascinante compreendê-las!