domingo, 16 de outubro de 2011

Declaração oriunda do além-ar (porque o mar e a terra já foram usados)

"Para Falzinha
... A primeira vez que eu não te vi
Eu não senti, apenas notei
Era dia, talvez a Fal(ta) da luz lunar
Tenha ofuscado meus olhos

E na segunda vez que não te vi
Não havia nomes
Havia flores
Mas eu não podia percebê-las
Ainda era muito cedo
E a borboleta ainda não havia cumprido
Seu papel

Continuava dia e cada dia que passava
Era sempre dia
E eu não te via

Na terceira vez que não te vi
Havia um sorriso
Havia flores e havia nomes
Já era tarde e finalmente começou
A anoitecer

O sol se pôe, a lua fica
É noite à claro, às claras, estrelas
Cedo, ou tarde, em cena
Sem dó, sem dor, a golpes de não-não-não
Finalmente meus olhos começaram a ver
O que não se vê sem sentir

Foi preciso anoitecer em mim
Para notar a tua luz
E agora, que já entendi
Posso dizer que te vi
Será que um dia você vai olhar pra mim?"

(Gutch)

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