sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Intolerância com os iniciantes

Eis que minha mãe acaba de encontrar o boletim de quando eu cursava a alfabetização (foto de menina assustada colada na frente e no meio notas altas e elogios impulsionadores - e esperançosos - da professora, ou melhor: da "tia")! Na verdade, isso caiu como uma luva, pois quando ela encontrou esta "relíquia" eu já pensava em escrever sobre a crueldade e a impaciência que muitas algumas pessoas tratam os iniciantes.
Ora, ninguém nasce sabendo absolutamente nada! No máximo, sugar para garantir a sobrevivência e o desenvolvimento do corpo... Aos poucos, somos ensinados a viver neste imenso mundo, que nos surpreende a cada momento com novas necessidades, de forma que só paramos de aprender algo no momento em que somos lançados à terra!
Mas, mesmo que isso soe natural e não cause qualquer estranhamento, a simples idéia de lidar com um aprendiz não agrada muita gente. Piadas e comentários maldosos, afim de gerar insegurança e nervosismo, parecem dar prazer àqueles que já se esqueceram que um dia estiveram do outro lado - também aprendendo - ou, àqueles que ainda não tiveram coragem de dar um passo rumo ao desconhecido, ultrapassando assim a tão famosa "zona de conforto".
Porém, a cada dia que passa, tento não dar ouvidos para os intolerantes e sigo meu caminho como se nada tivesse acontecido. Lógico, que em muitos casos me sinto perdida e decepcionada comigo mesma, mas ao me deparar com o boletim da alfabetização, me dei conta do longo caminho traçado desde as primeiras letras, e recordo-me quanto era difícil, e ao mesmo tempo, fascinante compreendê-las!

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