Eu tenho o (péssimo) hábito de explanar o que eu sinto, seja de forma consciente ou inconsciente, isto é, quando eu penso antes de falar ou quando, simplesmente, meu corpo fala por mim. Juro que tentei resistir sobre escrever a respeito da Copa do Mundo, mas este assunto me inquietou de tal forma que foi impossível controlar... Talvez seja o sentimento de mudança que ainda não tenha adormecido dentro de mim, mesmo com as porradas cotidianas...
Sou completamente encantada por este momento, visto minha blusa verde-e-amarela, assisto aos jogos (mesmo não sabendo nenhuma regra), grito, comemoro mas, o que mais chama minha atenção é comunhão entre as pessoas, pelo menos no período efêmero dos noventa minutos (quando tem prorrogação é um deleite!). Durante esse tempo, todas as diferenças sociais, culturais ou econômicas são minimizadas para uma única semelhança: a de sermos BRASILEIROS! Em poucas situações essa (falsa) homogeneidade é notada e, quando ela acontece torna-se um “prato-cheio” para os cientistas sociais, mas eu prometo não trilhar este caminho!
O que acontece é o seguinte: desde a semana passada, assisti aos noticiários com especial atenção e me incomodei com a quantidade de notícias sobre a Copa, até aí nada de excepcional, afinal, este mega-evento só acontece a cada quatro anos, porém, o excesso futebolístico acabou por menosprezar (ou esconder) uma série de fatos que aconteceram no nosso país, como por exemplo, a destruição de vidas e planos causados pela chuva em algumas cidades aqui do nordeste.
Um evento que não acontecerá mais daqui a quatro anos (pelo menos torço por isso), mas que também acabou com o sonho de milhares de brasileiros, não o desejo do Hexa, mas sim o anseio de terem suas casas, suas vidas, suas rotinas, suas famílias, seus amigos e entes queridos de volta! Uma perda real sufocada pela mídia que ao minimizar esta tragédia deixou de exercer seu papel (positivo) de ajuda e denúncia.
Mas no fim dá tudo certo, afinal estamos nas oitavas-de-final, estamos em ano de eleições, temos a memória fraca e somos brasileiros: “não desistimos nunca”!
"As coisas em geral não são tão fáceis de apreender e dizer como normalmente nos querem levar a acreditar; a maioria dos acontecimentos é indizível, realiza-se em um espaço que nunca uma palavra penetrou" (Rilke)
domingo, 27 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Livres Para Voar
Um dia desses, li no perfil de Natalie uma citação de Khalil Gibran que falava assim: "Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas quando parte, nunca vai só nem nos deixa a sós. Leva um pouco de nós, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito, mas há os que não levam nada".
Essa citação venho bem a calhar, uma vez que, ultimamente, ando mais reflexiva do que o normal... Outro dia estava pensando dentro do ônibus (lugar perfeito para pensar na vida, quando mais longo e demorado o trajeto, melhor !) sobre as pessoas que passaram por minha vida, e que, naquela época, eu considerava como irmãs, e não conseguia imaginar minha vida sem elas e hoje, depois de tanto tempo, nem sei mais por onde andam e o que estão fazendo...
O que será que aconteceu? Falta de interesse? Falta de tempo? Ou simplesmente a vida tomou outro rumo? Não tenho respostas exatas para estas perguntas, aliás acredito que ninguém tem... Não deixei de gostar de meus amigos de outrora, nem esqueci dos momentos (bons e maus) que passamos juntos, os ensinamentos foram indeléveis e eles (também) são responsáveis pelo o que sou hoje. Acredito que acontece a mesma coisa em sentido contrário, para o bem e para o mal...
Novos amigos vieram e com eles novas experiências! Outros ciclos outros foram abertos, percorridos e fechados, e de nenhum deles saí igual a quando entrei. Trocas foram feitas, relações se mantiveram, algumas se afrouxaram ou se estreitaram e outras se perderam, mas, em todas, a doação e o aprendizado estiveram presentes.
Aprendi a acreditar, com um grande amigo (que hoje não está mais tão presente, pelo menos não fisicamente), que todo mundo sempre tem alguma coisa boa para nos dizer, nem que seja tchau... É isso, não aprendemos e nem nos doamos somente a pessoas que valem a pena, muitas vezes nos iludimos e investimos em algo que não é benéfico (mas mesmo assim continua sendo um aprendizador)... Comenter um erro é normal, o que é nocivo é percebê-lo e não ter coragem de consertá-lo. O rompimento também faz parte da vida, por mais dolorido, e doloroso, que seja e, às vezes, pode ser considerado um ato de amor, nem que seja amor a si mesmo!
Posso me considerar feliz, tive, e tenho, bons amigos mesmo que alguns não estejam mais tão presentes fisicamente! Aprendi e ensinei! Recebi e me doei, dei colo e lágrimas, recebi sorrisos e afagos... Passei por algumas vidas, outras tantas passaram pela minha e, cada uma foi única, cada uma na sua especificidade, de acordo com momento ou com a influência das outras pessoas que passaram por suas vidas; mas cada um é, e foi, único e insubstituível!
Essa citação venho bem a calhar, uma vez que, ultimamente, ando mais reflexiva do que o normal... Outro dia estava pensando dentro do ônibus (lugar perfeito para pensar na vida, quando mais longo e demorado o trajeto, melhor !) sobre as pessoas que passaram por minha vida, e que, naquela época, eu considerava como irmãs, e não conseguia imaginar minha vida sem elas e hoje, depois de tanto tempo, nem sei mais por onde andam e o que estão fazendo...
O que será que aconteceu? Falta de interesse? Falta de tempo? Ou simplesmente a vida tomou outro rumo? Não tenho respostas exatas para estas perguntas, aliás acredito que ninguém tem... Não deixei de gostar de meus amigos de outrora, nem esqueci dos momentos (bons e maus) que passamos juntos, os ensinamentos foram indeléveis e eles (também) são responsáveis pelo o que sou hoje. Acredito que acontece a mesma coisa em sentido contrário, para o bem e para o mal...
Novos amigos vieram e com eles novas experiências! Outros ciclos outros foram abertos, percorridos e fechados, e de nenhum deles saí igual a quando entrei. Trocas foram feitas, relações se mantiveram, algumas se afrouxaram ou se estreitaram e outras se perderam, mas, em todas, a doação e o aprendizado estiveram presentes.
Aprendi a acreditar, com um grande amigo (que hoje não está mais tão presente, pelo menos não fisicamente), que todo mundo sempre tem alguma coisa boa para nos dizer, nem que seja tchau... É isso, não aprendemos e nem nos doamos somente a pessoas que valem a pena, muitas vezes nos iludimos e investimos em algo que não é benéfico (mas mesmo assim continua sendo um aprendizador)... Comenter um erro é normal, o que é nocivo é percebê-lo e não ter coragem de consertá-lo. O rompimento também faz parte da vida, por mais dolorido, e doloroso, que seja e, às vezes, pode ser considerado um ato de amor, nem que seja amor a si mesmo!
Posso me considerar feliz, tive, e tenho, bons amigos mesmo que alguns não estejam mais tão presentes fisicamente! Aprendi e ensinei! Recebi e me doei, dei colo e lágrimas, recebi sorrisos e afagos... Passei por algumas vidas, outras tantas passaram pela minha e, cada uma foi única, cada uma na sua especificidade, de acordo com momento ou com a influência das outras pessoas que passaram por suas vidas; mas cada um é, e foi, único e insubstituível!
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Para uma borboletinha!!!
O que é o amor? Esta pergunta há muito tempo perpassa pela cabeça das pessoas e muitas são as respostas... Existem vários tipos de amor, afirmam os estudiosos. Mas, o que sabemos ao certo é que esta emoção não precisa de uma explicação racional para ser entendida.
Um gesto, uma palavra, uma atitude, um sorriso, um rosto...
Mas como justificar algo tão forte, quando estes "marcadores" ainda não existem? Quando o rosto não passa de um borrão em preto e branco, os gestos não passam de empurrões e palavras e sorrisos só são "realidades" em "sonhos"? O mundo ganha uma outra cor, as prioridades mudam, a lógica torna-se ilógica...
Isso é ainda mais estranho, quando toda essa mudança não acontece no seu corpo, mas sim, no de uma outra pessoa que você gosta bastante (uma irmã, por exemplo). Aliás, não é estranho nada! O que é bom tem que ser dividido e transbordar feito água em um copo cheio (mas, infelizmente, temos, na maioria das vezes, vergonha de nossa própria felicidade e exaltamos, em contrapartida, as nossas tristezas)!
Uma pequena borboletinha que virá voar neste imenso céu, aprendendo e ensinando novas manobras e caminhos! Exalando novos cheiros, enxergando outras cores, trilhando caminhos desconhecidos, despertando sentimentos inéditos...
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Um filme inédito!!!
Mesmo que seja inconscientemente, estamos a todo o tempo usando máscaras e representando. Não vivemos, somente, para (e por) nós mesmos, quase em todos os momentos pensamos nos outros, no que esperam de nós, de como nos enxergam, o que podemos (e devemos) dizer, como nos portar, que pensamentos ter, e etc, etc, etc...
De forma semelhante, somos julgados nem sempre pelo o que, realmente, somos, mas sim pela imagem que os outros formaram de nós. Tudo bem que na maioria das vezes esta imagem é completamente discrepante em relação a realidade, isto é, de como EU me vejo e como Eu sou...
Atire a primeira pedra aquela pessoa que nunca ouviu algo como, "antes, eu achava você assim... mas agora eu vejo que me enganei!" Ou então, "antes você era diferente..." Será realmente que fui eu quem mudei, ou a imagem que era tecida sobre mim que foi modificada inúmeros motivos???
Mas, o defeito sempre está fora de nós!!! O outro é que é sempre o problemático, o chato, o antipático, ou o belo, o inteligente, o popular, o engraçado... Sempre é o outro, e a imagem que temos dele, quem muda, nunca nós mesmos, e a enorme bagagem de preconceito que carregamos. Neste caso, me refiro a preconceito no sentido de julgamento precedente ao conhecimento, pela casca somente, ou, em alguns casos, pelo o que ouvimos falar sobre tal pessoa...
Por exemplo, eu não sou uma só, e também não sofro de nenhuma patologia psicológica, pelo menos acredito que não. Sou muitas: sou simpática, antipática, amiga, inimiga, chata, agradável, razão, emoção, alegre, melancólica, vanguarda, saudosista, energética, pacificadora, litorânea, campestre... Às vezes sou do dia, outras vezes da noite... Ouço MPB e axé... Penso e não falo, falo e não penso...
Represento sem perceber, sou ao mesmo tempo atriz e roteirista (principal, mas não única) de minha própria estória, que pode mudar a cada ato encenado, a depender dos outros atores envolvidos... e ao mesmo tempo sou atriz e roteirista (coadjuvante, bem verdade) da estória de outras tantas pessoas...
A vida nada mais é do que um grande filme, em que todos nós sabemos como começa e como termina, mas o enredo é sempre uma grande surpresa e não pertence a um único gênero, transitamos sempre pelo suspense, pelo romance, pela aventura, pelo drama, pela comédia...
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