Eu tenho o (péssimo) hábito de explanar o que eu sinto, seja de forma consciente ou inconsciente, isto é, quando eu penso antes de falar ou quando, simplesmente, meu corpo fala por mim. Juro que tentei resistir sobre escrever a respeito da Copa do Mundo, mas este assunto me inquietou de tal forma que foi impossível controlar... Talvez seja o sentimento de mudança que ainda não tenha adormecido dentro de mim, mesmo com as porradas cotidianas...
Sou completamente encantada por este momento, visto minha blusa verde-e-amarela, assisto aos jogos (mesmo não sabendo nenhuma regra), grito, comemoro mas, o que mais chama minha atenção é comunhão entre as pessoas, pelo menos no período efêmero dos noventa minutos (quando tem prorrogação é um deleite!). Durante esse tempo, todas as diferenças sociais, culturais ou econômicas são minimizadas para uma única semelhança: a de sermos BRASILEIROS! Em poucas situações essa (falsa) homogeneidade é notada e, quando ela acontece torna-se um “prato-cheio” para os cientistas sociais, mas eu prometo não trilhar este caminho!
O que acontece é o seguinte: desde a semana passada, assisti aos noticiários com especial atenção e me incomodei com a quantidade de notícias sobre a Copa, até aí nada de excepcional, afinal, este mega-evento só acontece a cada quatro anos, porém, o excesso futebolístico acabou por menosprezar (ou esconder) uma série de fatos que aconteceram no nosso país, como por exemplo, a destruição de vidas e planos causados pela chuva em algumas cidades aqui do nordeste.
Um evento que não acontecerá mais daqui a quatro anos (pelo menos torço por isso), mas que também acabou com o sonho de milhares de brasileiros, não o desejo do Hexa, mas sim o anseio de terem suas casas, suas vidas, suas rotinas, suas famílias, seus amigos e entes queridos de volta! Uma perda real sufocada pela mídia que ao minimizar esta tragédia deixou de exercer seu papel (positivo) de ajuda e denúncia.
Mas no fim dá tudo certo, afinal estamos nas oitavas-de-final, estamos em ano de eleições, temos a memória fraca e somos brasileiros: “não desistimos nunca”!
Respondendo suas perguntas:
ResponderExcluir1- como eu disse, alguns segredos destroem coisas boas, como também CONSTROEM coisas BOAS.
2- não é bem uma exigência, é apenas uma precaução, já que não conhecemos nem a nós mesmos! :D eu não exigi nada, apenas tentei esclarecer
*Realmente, chegamos no momento em que a ficha caiu e pudemos afirmar a situação atual do mundo: a febre da copa.
em todos os canais da tv é copa, em todos os jornais, copa... em todas as pessoas, lugares, avenidas, ruas... sabemos que é algo que torna todos um, e que acontece uma vez a cada quatro anos; mas, não podemos fazer "vista grossa" a realidade. Não é atoa que a muitas décadas, o nosso país ficou conhecido como "o país do futebol"; sendo triste e feliz ao mesmo tempo ressaltar, que foi pelo mesmo motivo. (acobertar a realidade nacional)
Naty, adoro te provocar!!!!
ResponderExcluirQuanto a copa: o sonho acabou, mas tudo bem como disse Galvão (perdendo uma ótima oportunidade de permanecer calado): "é só um jogo"! Discordo completamente dele, mas isso é uma outra estória, que envolve uma loooooonga análise, deixa prá lá!!!