De forma semelhante, somos julgados nem sempre pelo o que, realmente, somos, mas sim pela imagem que os outros formaram de nós. Tudo bem que na maioria das vezes esta imagem é completamente discrepante em relação a realidade, isto é, de como EU me vejo e como Eu sou...
Atire a primeira pedra aquela pessoa que nunca ouviu algo como, "antes, eu achava você assim... mas agora eu vejo que me enganei!" Ou então, "antes você era diferente..." Será realmente que fui eu quem mudei, ou a imagem que era tecida sobre mim que foi modificada inúmeros motivos???
Mas, o defeito sempre está fora de nós!!! O outro é que é sempre o problemático, o chato, o antipático, ou o belo, o inteligente, o popular, o engraçado... Sempre é o outro, e a imagem que temos dele, quem muda, nunca nós mesmos, e a enorme bagagem de preconceito que carregamos. Neste caso, me refiro a preconceito no sentido de julgamento precedente ao conhecimento, pela casca somente, ou, em alguns casos, pelo o que ouvimos falar sobre tal pessoa...
Por exemplo, eu não sou uma só, e também não sofro de nenhuma patologia psicológica, pelo menos acredito que não. Sou muitas: sou simpática, antipática, amiga, inimiga, chata, agradável, razão, emoção, alegre, melancólica, vanguarda, saudosista, energética, pacificadora, litorânea, campestre... Às vezes sou do dia, outras vezes da noite... Ouço MPB e axé... Penso e não falo, falo e não penso...
Represento sem perceber, sou ao mesmo tempo atriz e roteirista (principal, mas não única) de minha própria estória, que pode mudar a cada ato encenado, a depender dos outros atores envolvidos... e ao mesmo tempo sou atriz e roteirista (coadjuvante, bem verdade) da estória de outras tantas pessoas...
A vida nada mais é do que um grande filme, em que todos nós sabemos como começa e como termina, mas o enredo é sempre uma grande surpresa e não pertence a um único gênero, transitamos sempre pelo suspense, pelo romance, pela aventura, pelo drama, pela comédia...
Muito interessante seu texto.
ResponderExcluirAdoro ler blog, tem muita coisa massa!!
Abraço!
Nem tudo é tão dual
ResponderExcluirHá dualidade na natureza:
dia e noite
luz e trevas
verão e inverno
...
nascer e morrer
No ser humano, talvez,
mais ainda
há em essência de ser dual, talvez...
Mas, não, não existe
nada é dual
em tanta dualidade
entre o dia e a noite
se estendem longas horas
o sol se move
a tarde chega
vai escurecendo aos poucos
num degrade transcendente
Há luzes diferentes em tons tambem diferentes
aumentando a distância entre
a luz e a treva
sem contar
inumeras sombras
sombreados
sombrias penumbras
durante o ano todo
como o verão e o inverno
não são seguidos
como segunda e terça
existe uma gama de dias
de movimentos
de luzes trevas cores sombras luas e sois
assim como entre o nascer em risos
e as lagrimas do morrer
existem as palmas dos aniversarios
os encontros desencontros reencontros contatos tatos fatos retratos atos tantos, tantos atos
murros em pontas de facas
estacas empaladas em corações
amores disabores sabores odores olores dores
sementes raises brotos arvores flores frutos sementes...
emoções razões tudo junto
e misturado
numa mistura tanto e tão homogenea quanto e tão heterogenea
que somos e estamos sendo e estando
atuando interpretando papeis exigidos fingidos escritos intencionais despretenciosos ou não ou tudo isso
Como num dia que chove:
Chove relampeja troveja tem arco iris inunda tem lugar que não molha e tem o sol pois é e tem o sol...
Desculpa se escrevi muito, rsrs, mas gostei tanto do que escreveu que não dava para não escrever, adorei ler você... continue ou não, rs, pois as letras vão estar em ti mesmo não estando aqui...
Bjs
Continuarei a escrever, pode ficar tranquilo (ou não,rs). Amei ler você, obrigada pelo presente!
ResponderExcluireu tenho tido esse MESMO pensamento esses dias!
ResponderExcluiresta perfeitoooooo
parabens fabi
(quem sou eu pra te dar parabens?? hauhauhuaha)
bjaoooo