sexta-feira, 4 de junho de 2010

Um filme inédito!!!

Mesmo que seja inconscientemente, estamos a todo o tempo usando máscaras e representando. Não vivemos, somente, para (e por) nós mesmos, quase em todos os momentos pensamos nos outros, no que esperam de nós, de como nos enxergam, o que podemos (e devemos) dizer, como nos portar, que pensamentos ter, e etc, etc, etc...
De forma semelhante, somos julgados nem sempre pelo o que, realmente, somos, mas sim pela imagem que os outros formaram de nós. Tudo bem que na maioria das vezes esta imagem é completamente discrepante em relação a realidade, isto é, de como EU me vejo e como Eu sou...
Atire a primeira pedra aquela pessoa que nunca ouviu algo como, "antes, eu achava você assim... mas agora eu vejo que me enganei!" Ou então, "antes você era diferente..." Será realmente que fui eu quem mudei, ou a imagem que era tecida sobre mim que foi modificada inúmeros motivos???
Mas, o defeito sempre está fora de nós!!! O outro é que é sempre o problemático, o chato, o antipático, ou o belo, o inteligente, o popular, o engraçado... Sempre é o outro, e a imagem que temos dele, quem muda, nunca nós mesmos, e a enorme bagagem de preconceito que carregamos. Neste caso, me refiro a preconceito no sentido de julgamento precedente ao conhecimento, pela casca somente, ou, em alguns casos, pelo o que ouvimos falar sobre tal pessoa...
Por exemplo, eu não sou uma só, e também não sofro de nenhuma patologia psicológica, pelo menos acredito que não. Sou muitas: sou simpática, antipática, amiga, inimiga, chata, agradável, razão, emoção, alegre, melancólica, vanguarda, saudosista, energética, pacificadora, litorânea, campestre... Às vezes sou do dia, outras vezes da noite... Ouço MPB e axé... Penso e não falo, falo e não penso...
Represento sem perceber, sou ao mesmo tempo atriz e roteirista (principal, mas não única) de minha própria estória, que pode mudar a cada ato encenado, a depender dos outros atores envolvidos... e ao mesmo tempo sou atriz e roteirista (coadjuvante, bem verdade) da estória de outras tantas pessoas...
A vida nada mais é do que um grande filme, em que todos nós sabemos como começa e como termina, mas o enredo é sempre uma grande surpresa e não pertence a um único gênero, transitamos sempre pelo suspense, pelo romance, pela aventura, pelo drama, pela comédia...

4 comentários:

  1. Muito interessante seu texto.
    Adoro ler blog, tem muita coisa massa!!

    Abraço!

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  2. Nem tudo é tão dual

    Há dualidade na natureza:
    dia e noite
    luz e trevas
    verão e inverno
    ...
    nascer e morrer

    No ser humano, talvez,
    mais ainda
    há em essência de ser dual, talvez...

    Mas, não, não existe
    nada é dual
    em tanta dualidade
    entre o dia e a noite
    se estendem longas horas
    o sol se move
    a tarde chega
    vai escurecendo aos poucos
    num degrade transcendente
    Há luzes diferentes em tons tambem diferentes
    aumentando a distância entre
    a luz e a treva
    sem contar
    inumeras sombras
    sombreados
    sombrias penumbras
    durante o ano todo
    como o verão e o inverno
    não são seguidos
    como segunda e terça
    existe uma gama de dias
    de movimentos
    de luzes trevas cores sombras luas e sois
    assim como entre o nascer em risos
    e as lagrimas do morrer
    existem as palmas dos aniversarios
    os encontros desencontros reencontros contatos tatos fatos retratos atos tantos, tantos atos
    murros em pontas de facas
    estacas empaladas em corações
    amores disabores sabores odores olores dores
    sementes raises brotos arvores flores frutos sementes...
    emoções razões tudo junto
    e misturado
    numa mistura tanto e tão homogenea quanto e tão heterogenea
    que somos e estamos sendo e estando
    atuando interpretando papeis exigidos fingidos escritos intencionais despretenciosos ou não ou tudo isso
    Como num dia que chove:
    Chove relampeja troveja tem arco iris inunda tem lugar que não molha e tem o sol pois é e tem o sol...

    Desculpa se escrevi muito, rsrs, mas gostei tanto do que escreveu que não dava para não escrever, adorei ler você... continue ou não, rs, pois as letras vão estar em ti mesmo não estando aqui...
    Bjs

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  3. Continuarei a escrever, pode ficar tranquilo (ou não,rs). Amei ler você, obrigada pelo presente!

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  4. eu tenho tido esse MESMO pensamento esses dias!
    esta perfeitoooooo

    parabens fabi
    (quem sou eu pra te dar parabens?? hauhauhuaha)

    bjaoooo

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