quinta-feira, 17 de junho de 2010

Livres Para Voar

Um dia desses, li no perfil de Natalie uma citação de Khalil Gibran que falava assim: "Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas quando parte, nunca vai só nem nos deixa a sós. Leva um pouco de nós, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito, mas há os que não levam nada".
Essa citação venho bem a calhar, uma vez que, ultimamente, ando mais reflexiva do que o normal... Outro dia estava pensando dentro do ônibus (lugar perfeito para pensar na vida, quando mais longo e demorado o trajeto, melhor !) sobre as pessoas que passaram por minha vida, e que, naquela época, eu considerava como irmãs, e não conseguia imaginar minha vida sem elas e hoje, depois de tanto tempo, nem sei mais por onde andam e o que estão fazendo...
O que será que aconteceu? Falta de interesse? Falta de tempo? Ou simplesmente a vida tomou outro rumo? Não tenho respostas exatas para estas perguntas, aliás acredito que ninguém tem... Não deixei de gostar de meus amigos de outrora, nem esqueci dos momentos (bons e maus) que passamos juntos, os ensinamentos foram indeléveis e eles (também) são responsáveis pelo o que sou hoje. Acredito que acontece a mesma coisa em sentido contrário, para o bem e para o mal...
Novos amigos vieram e com eles novas experiências! Outros ciclos outros foram abertos, percorridos e fechados, e de nenhum deles saí igual a quando entrei. Trocas foram feitas, relações se mantiveram, algumas se afrouxaram ou se estreitaram e outras se perderam, mas, em todas, a doação e o aprendizado estiveram presentes.
Aprendi a acreditar, com um grande amigo (que hoje não está mais tão presente, pelo menos não fisicamente), que todo mundo sempre tem alguma coisa boa para nos dizer, nem que seja tchau... É isso, não aprendemos e nem nos doamos somente a pessoas que valem a pena, muitas vezes nos iludimos e investimos em algo que não é benéfico (mas mesmo assim continua sendo um aprendizador)... Comenter um erro é normal, o que é nocivo é percebê-lo e não ter coragem de consertá-lo. O rompimento também faz parte da vida, por mais dolorido, e doloroso, que seja e, às vezes, pode ser considerado um ato de amor, nem que seja amor a si mesmo!
Posso me considerar feliz, tive, e tenho, bons amigos mesmo que alguns não estejam mais tão presentes fisicamente! Aprendi e ensinei! Recebi e me doei, dei colo e lágrimas, recebi sorrisos e afagos... Passei por algumas vidas, outras tantas passaram pela minha e, cada uma foi única, cada uma na sua especificidade, de acordo com momento ou com a influência das outras pessoas que passaram por suas vidas; mas cada um é, e foi, único e insubstituível!

Um comentário:

  1. Muito profunda a tua reflexão Fabi, acho q a gente pensa muito parecido!
    Acredito muito nisso como forma de aprendizado, na doação recíproca, na relação eu e tu, no outro como afirmação do eu... Tu deves ser um ser ser humano muito lindo, muito especial mesmo, muito tu, humana. Tô adorando te ler, minha lente pode ser limitada, e é, mas do pouco e como te vejo, já te admiro!

    um abraço, por enquanto distante, mas um dia e há de ter esse momento, gostaria muito de torná-lo perto!

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