terça-feira, 22 de março de 2011

Quem?

Estamos na época do amor líquido, das relações fugazes, superficiais e corriqueiras. Refiro-me a todas as relações interpessoais, desde as mais estreitas (com as pessoas que compartilhamos nosso dia) até aquelas com que dificilmente encontraremos uma segunda vez...
Outro dia, fui forçada a limpar a agenda do celular (às vezes, é bom ler o manual para não fazer besteiras!) e me deparei com vários números de pessoas que eu nem lembrava que existiam, mas que, por alguma razão, foram tão importantes em certas ocasiões que mereceram o armazenamento na memória do chip. Amigos inseparáveis que há anos não encontro, órgãos importantíssimos, parentes nem tão próximos assim e outras tantas que não faço a menor idéia de onde surgiram...
O que houve? Por que nos perdemos? Realmente nos perdemos? Quem mudou? Isso é bom ou ruim? Porque novos caminhos foram trilhados? Valeram a pena? Poderia ter sido diferente? Quais foram as causas e os resultados? Sempre perguntas sem respostas...   

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ruídos

Quem me conhece sabe eu gosto de falar! Quando eu me sinto à vontade, falo, falo, falo, falo... Mas, todos os problemas que eu tive até aqui surgiram justamente pela falta de comunicação, ou melhor por causa dos ruídos na comunicação. Lembro-me das brigas homéricas que tivemos na época do Diretório Acadêmico porque não conseguíamos exteriorizar tudo o que pensávamos; mas isso, tanto nesse quanto em outros casos, se dava porque antes de sermos estudantes insatisfeitos com a situação da faculdade e do curso, éramos amigos. E por sermos amigos, tantas vezes imaginamos que o outro nos conhecia muito bem e que podíamos abusar das mensagens curtas, diretas e sem tantos rodeios. Mero engano!
É muito engraçado que quando não conhecemos uma pessoa, geralmente, nos preocupamos em sermos educados, atenciosos e delicados. A partir do momento que nos afeiçoamos, as palavras parecem que perdem valor e acabam sendo negligenciadas. E, sem querer, deixamos de dizer o que pensamos, o que queremos, o que nos deixa infelizes, o quanto gostamos, admiramos e amamos. E, algumas vezes, a relação se rompe, sem nem deixar chance para a explicação, para o pedido de desculpas, para o perdão.
E, depois de tanto dar murro em ponta de faca, parece que ainda não aprendi, continuo sem saber o que fazer com as palavras, uso-as de forma leviana, infantil e irresponsável. Parece que falar por si só não basta, antes de falar é necessário saber o quê e como falar, para evitar ruídos, brigas e mágoas. Mas, é valido lembrar que o silêncio nem sempre é uma saída, muitas vezes ele dói mais do que o barulho.
É, parece que as palavras de ordem são equilíbrio e "outridade", por mais difícil que seja praticá-las...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Sobre a Liga da Justiça e outras coisas

Todos os anos a criatividade dos compositores me impressiona! Não serei hipócrita o suficiente para dizer que "antigamente isso não acontecia!", as músicas de duplo sentido e sem alguma coerência lógica sempre estiveram presentes, sobretudo no carnaval, vamos combinar que as marchinhas passavam longe da inocência...
E esse ano não foi diferente!!! Tivemos de tudo!!! Desde invasão dos vilões à Liga da Justiça até processos à lojas por razões financeiras; perpassando por latas amassadas, peles lisinhas para ganhar beijinhos, cinderelas perdidas, garotas "totalflex" e chupetas na boca e na bochecha (entre outras tantas!!!)!!! Todas devidamente acompanhadas por coreografias tão inspiradas quanto as letras!!! Mas, se você entendeu tudo o que eu escrevi é porque você foi sim, quis sim e sua mulher não manda em você!!! Medo do que poderá vir pala frente...

PS: alguém poderia me dizer o que significa "tchubirabiron"?

quinta-feira, 3 de março de 2011

"Deus no coração e o Diabo no quadril"

É isso aí, já é "carnaval cidade"! Depois de quarta-feira o ano, finalmente, irá começar! Eu, particularmente, acho a energia dessa época do ano fantástica, meus olhos enchem d'água quando o mar de gente dança e canta de forma semelhante: "meu amor, olha só, hoje o sol não apareceu", ou então "CHI-CLE-TE"!!! Lindo, lindo, lindo!!!
Nos últimos quatro anos não fiquei em Salvador, sempre fujo (e não sou a "mulher-maravilha"!), mas quando assisto pela televisão sempre prometo que no seguinte estarei no meio desse povão, entretanto, sem perceber, já estou longe de novo... Talvez este carnaval seja diferente, talvez não...
Não serei saudosista a ponto de dizer que na minha infância era melhor, que os camarotes ainda não tinha invadido a cidade, e a festa pertencia ao povo (eu só tenho vinte e cinco anos, não sou do tempo das bandinhas e da fobica, peralá!!!)... isso tudo é verdade: o monstro do capitalismo abocanhou as ruas do povo que se espreme entre as cordas e a madeira... Mas, surpreendentemente, não conseguiu roubar o sorriso, a ludicidade e o sonho de não mais estar naquela condição, mas sim, nos camarotes e dentro dos blocos que segregam claramente a folia.
Alegria, exaltação e animação são as palavras de ordem! Desejo um carnaval responsável e de paz para todos!!!
PS: não resisto, e no próximo post escreverei sobre as pérolas sonoras desse ano!!!