quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Na cabeça!

É impressionante, mas quando atentamos para qualquer coisa, seja pela leitura, ou através de uma discussão, ou ainda, por uma imagem, aquilo se torna significativo, e cheio de interpretações, por um bom tempo... Pois bem, nos últimos dias, estou voltada para o cabelo (além da alimentação, da teoria antropológica, das questões metodológicas, das discussões acerca do gênero, do desenvolvimento das crianças na escola e outras mil coisas...)!
Na semana passada, apresentei um trabalho que versava sobre o cabelo e a identidade, para ser bastante sincera, no início escolhi esse tema por se tratar de algo bem familiar, mas depois, meu grande desafio foi me afastar, o máximo possível, dos "achismos" - tudo bem que o resultado não saiu como eu imaginava, mas, pelo menos, me fez pensar um bocado sobre o assunto...
Cada sociedade escolhe certas características (físicas e emocionais) que são valoradas ou depreciadas entre as pessoas que a compõem; no caso da brasileira (assim como outras tantas), o cabelo tem grande relevância. O tipo de cabelo está associado, direta ou indiretamente, a cor da pele e, em casos mais extremos, a origem geográfica e sócio-econômica que seu portador pertence.
E, muitas são as técnicas para a manipulação dos fios, algumas bastante nocivas à saúde humana, com a aplicação de substâncias como a amônia e o formol... E, se engana quem acha que essa prática se restringe às mulheres, muitos homens já estão recorrendo aos salões, também! Afinal, vaidade (e rejeição por não compartilhar os caracteres positivados) não escolhe idade, nem sexo!
O cabelo apresenta uma forma de identidade para aquele que o possui; é inevitável a súbita associação de um sujeito a um grupo, cujo cabelo é um marcador identitário. Alguém, por acaso consegue não reconhecer o grupo dos emos, com seus cabelos milimetricamente organizados e em cima dos olhos? Ou, ainda, os punks, com seus fios espetados e coloridos?
O cabelo fala, às vezes grita e, poucos, conseguem ouvir e interpretar seus sinais, alguns consideram besteira, outros frescura, outros ainda nem se dão ao trabalho de olhar ao redor... Mas, ele é muito importante e apresenta muitas pistas de como resolver (ou minimizar) muitos problemas sérios que assolam nossa sociedade...

PS: terminarei com reticências porque ainda não estou convencida de uma conclusão, possivelmente retornei ao tema...

Nenhum comentário:

Postar um comentário