terça-feira, 2 de novembro de 2010

Décima elegia

A mais complexa elegia ficou para o fim! Na décima parte do livro, Rilke nos reserva um cenário que oscila entre o encantamento e o desencantamento com o mundo em situações cotidianas, o que indica a sua própria maneira de enxergar o mundo a sua volta. Para entender as metáforas contidas nesse poema, assim como as imagens nele presente, é necessário ler os anteriores, visto que todos os temas abordados durante o livro são agora retomados.
A esperança de que o chamado ao Anjo seja atendido persiste, assim como o desejo de que todo o pranto e as dores sejam curados. O dinheiro, que tudo compra - até mesmo diversão! -, não é capaz de findá-los! Isso cabe somente ao Anjo, caso ele nos escute... E assim, a vida continua: “as crianças brincam, os amantes se ignoram, graves, sobre a erva rala e os cães seguem a natureza. Para mais longe sente-se o jovem atraído; ama talvez uma jovem”.
A Lamentação acompanha a cena e as pessoas e, em tudo, ela está presente e fala a um jovem curioso: “nós fomos, diz ela, uma grande raça, outrora. […] Outrora fomos ricos. E ela o conduz através da ampla paisagem das Lamentações, mostra-lhe as colunas do templo e as ruínas de antiqüíssimos castelos: lá viviam os sábios príncipes que dominavam outrora”. E o passeio continua a encantar o jovem, que, apaixonado, deixa sua própria vida para seguí-la...
“Solitário, ele ascende à montanha da dor original. E nem uma só vez seu passo ressoa no destino insonoro. […] E nós que imaginamos a ventura em ascensão, sentiríamos uma ternura imensa, quase perturbadora, quando uma coisa feliz cai”.

3 comentários:

  1. E aqui concluo as "Elegias de Duíno" de Rainer Maria Rilke, sentirei falta...

    ResponderExcluir
  2. não entendi nada Fabi
    AHUHAUHAUHA
    mentira.
    eu não sei o que é décima elegia e nem que livro você está lendo, então...
    hahahahhaa

    bjaoo

    ResponderExcluir
  3. Naty, as Elegias de Duíno é um livro de um poeta chamado Rainer Maria Rilke, que é composto por dez elegias (elegia, segundo o Aurélio é um "poema lírico, cujo tom é quase sempre terno e triste"). Eu fiz uma interpretação, muito própria, de cada uma delas, se você descer um pouco mais a página vai encontrar uma por uma... Foi um excelente exercício! Ideal para vestibulandos,rs Acho que vou propor o mesmo para vc!rs Brincadeira...
    Beijos, menina!!!

    ResponderExcluir