terça-feira, 23 de novembro de 2010

"Tenho em mim todos os sonhos do mundo!"

Eu tenho uma maneira muito particular de ver (e estar) o mundo, sabe como é, "de perto ninguém é normal", o problema é que, às vezes, eu não sou muito normal nem de muito longe,rs.
Eu considero importante algumas coisas que outras pessoas - a maioria delas para ser franca - consideram supérfluas. Uma delas, é minha crença de que todas as pessoas são movidas pelos seus sonhos, desde o momento do nascimento. Não me refiro, somente, àqueles quase impossíveis de serem realizados, mas (sobretudo) aqueles pequenos e cotidianos. São eles que nos motivam a dormir e esperar o dia seguinte, a sentir felicidade em estar vivo, a olhar para o lado e enxergar as coisas e os seres ao redor, e a seguir cada vez mais adiante...
É muito divertido observar uma criança, o maior sonho de meu principal objeto de estudo há um ano (exceto os brinquedos, claro!) era conseguir ler - ele morria de vontade de decifrar aquelas letras que serviam de chave para um mundo bonito e encantado - hoje, após um (longo e sofrível) ano de alfabetização, ele anseia dominar os números! Mas, o que isso tem demais? Todos nós, um dia, passamos por essa experiência, e, atire a primeira pedra aquele que, quando pequeno, não esgotou a paciência dos adultos lendo as placas nas ruas!
Com o tempo somos cobrados cada vez mais e mais, e acabamos não realizando as pequenas coisas que nos fazem felizes! Colocamos a máscara de seriedade e representamos o papel de "gente grande", como se isso valesse alguma coisa... Afinal, é muita infantilidade dar risada sem motivo, é coisa de criança cantar bem alto a música preferida (com o som no máximo e repetidas vezes! Tadinhos dos vizinhos,rs), é imaturidade pedir colo...
Mas, algumas situações fazem com que a alegria dos olhos se apague, e isso me preocupa, pois quando a luz se apaga e o desejo de viver se esvai, não há mais motivos para esperar o amanhã... Espero, sinceramente, que eu esteja errada e que o olhar perdido que observo no (muito querido) morador do andar de baixo (quase um tio), seja apenas um olhar de divagação...

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